Suspeitos de furto em joalheria não tinham ligação com Santa Maria, diz Polícia Civil

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Divulgação (Polícia Civil)
Objetos apreendidos no apartamento de um dos suspeitos, em Florianópolis

As policias civis (PC) de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), prenderam em flagrante dois homens na última quarta-feira em Itajaí. Com eles, os policiais encontraram objetos que teriam sido furtados de uma joalheria, em Santa Maria, ainda em meados de maio. A investigação leva a crer que eles integram uma organização especializada nesse tipo de crime. Conforme o delegado regional de Santa Maria, Sandro Meinerz, até agora a polícia não encontrou nenhuma ligação dos dois homens com a cidade e investiga porque eles teriam escolhido esse estabelecimento específico para realizar o crime. 

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Segundo Meinerz, a Polícia Civil de Santa Maria suspeitou, desde o princípio, que o fato poderia ter autores de fora do município, já que o modo de operação utilizado na ação não correspondia aos furtos geralmente cometidos na cidade. Eles quebraram uma parede durante a madrugada, invadiram o local, tiraram de funcionamento câmeras e alarmes e levaram o que havia no estabelecimento. Em comunicação com a PC do estado vizinho, os policiais procuraram por possíveis suspeitos e chegaram a um indivíduo, que passou a ser monitorado pela polícia de lá. No momento da abordagem, ele e seu suposto comparsa portavam parte dos objetos furtados e, por isso, foram presos por receptação. Ainda na quarta, um mandado de busca e apreensão foi cumprido no apartamento de um deles, em Florianópolis. 

- Muitas ferramentas que eles tinham, que foram apreendidas, eram capazes de abrir paredes. Elas mostram que talvez eles já tenham feito outras ações, em outros locais. A organização com que eles agiram, o planejamento, a forma como procederam, nos mostra claramente que é uma organização criminosa, provavelmente especializada neste delito. Por isso, agora, estamos trabalhando com a Polícia Civil de Santa Catarina para identificar onde eles podem ter praticado outras ações.

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A polícia também quer entender o que levou os suspeitos a escolherem a ótica Silvio Joalheiro, em Santa Maria, como alvo do crime, e trabalha agora para identificar outras pessoas que podem ter participado do furto. 

Os dois suspeitos presos nesta quarta-feira seguem em Santa Catarina mas, conforme o delegado, a tendência é que o julgamento ocorra no Tribunal de Justiça de Santa Maria, onde aconteceu o crime, e é conduzido pela polícia local. Ainda nos próximos dias a prisão em flagrante dos dois poderá ser convertida em prisão preventiva. 

Quanto aos objetos recuperados, Meinerz explicou que eles seguem em Santa Catarina. Com o avanço das investigações, as policias dos dois estados vão organizar a logística para que eles sejam devolvidos ao estabelecimento. Ainda nesta quarta-feira, a Ótica Silvio Joalheiro publicou nota, onde agradece o trabalho das autoridades policiais (abaixo).